quarta-feira, 16 de março de 2011

Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval



Estranho, mas a sensação de término é tão boa... É uma sensação de final feliz que "só eu" posso entender.
Apesar de já ter "acabado" tantas vezes, eu sempre ficava com um certo medo do amanhã. Do que eu ia sentir depois. Isso porque eu não acreditava em mim mesma. Decidia racionalmente que acabou, mas as vezes o coração toma rumo próprio e apesar da decisão e dos sentimentos confusos, algo continuava vivo dentro de mim, eu sabia. Se não soubesse na hora, viria a tona depois. Fato.


Tem um tempo que eu decidi que acabou e até percebi que o sentimento já não estava do mesmo jeito dentro de mim.


Acontece que o último capítulo da nossa história me deixou tão chateada. A gente começou a escrever tão bem esse capítulo especial, mas o mocinho conseguiu estragar TUDO de uma forma tão surpreendente que a mocinha ao final já não o reconheceu.


Ela foi embora com a cabeça erguida, e certa que estava tudo acabado. Mas ela sabia que era só  mais uma "daquelas certezas". 
Acabado uma ova. Porque ela esperava ansiosa o momento que ele iria procurá-la, só pra poder ignora-lo com vontade.


Mas o tempo passou. Quase dois meses e ele não a procurou. Sumiu. 
Ela ficou com a sensação de que foi ignorada, quando era ela que deveria fazer isso. 
Pensou até que o sujeito deve ter tido uma "overdose" dela no último capítulo e talvez nem a procurasse mais.


Melhor assim.


Melhor nada. Porque isso de vez enquando perturbava ela. 


Mas essa vida é uma caixinha de surpresas e as vezes as histórias tendenciosamente se repetem, principalmente quando os personagens são os mesmos. Fica tudo igual. Porque algumas pessoas são "incorríveis", não mudam.


Para surpresa da mocinha. Num belo dia, quando ela estava feliz, otimista, com ótimos pressentimentos... Ele apareceu. Quase dois meses depois, ele apareceu. Deu o primeiro passo na direção dela, novamente.
Overdose dela? Parece que não. Pelo menos ele não morreu. Continua vivo e igual.
E por incrível que pareça com o mesmo papo furado, a mesma cara de pau.


E isso foi bom. Foi necessário pra ela ter a certeza que ele nunca foi o bom moço que pareceu. Que ela foi bem ingênua por acreditar nisso, por deixar-se seduzir pelo jeitinho meigo e apaixonado dele.
Duas características dele começaram a saltar diante dos olhos dela. Dois defeitos que ela não quer e não aceita em alguém pra se relacionar.
Egoísta e covarde.


E foi assim que ela se sentiu livre de verdade. 
Viu que acabou, que passou e não ficou triste por isso.
Percebeu que não quer isso mais e não teve medo do amanhã.
Porque dessa vez não foi uma decisão racional.
É o coração que tá falando mais alto.
Como sempre fala na vida dela.


Ela ficou surpresa e feliz!


"Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal
Até o feriado quarta feira de cinzas e ta tudo acabado"
Ana Carolina

5 comentários:

Unknown disse...

A mocinha agiu dessa vez como uma mulher madura e que acima de tudo ama a si mesma, pois conseguiu deixar que o mocinho siga seu caminho. E o melhor tudo desmontrou coragem no ato de optar, optou pela felicidade dela. Isso é atitude de coragem!!!

Anônimo disse...

A mocinha, nessa história, agiu como a dona do seu próprio nariz, com segurança e certeza, pois ela sabe que fez o melhor já que não merece e não quer sofrer. A mocinha tomou a rédea de sua própria história e não ficou chorando nos cantos, mas foi viver...parabéns para "ela" Mostrou que não se abala por pouca coisa! Beijos, linda!

Breno disse...

Ain, vo fz um comentário q nao tenha mocinha, nem mulher, nem moça... Vou para o outro lado... Janeee, ameeeeeeeeei esse textooo! Escritora já hein?!! Parabéns chuchu

Bia disse...

Jane, contou a historia com final feliz maravilhosamente.

Muito bom ter esse sentimento dentro de vc, de que eh a coisa certa a fazer. :)

bjos

Flávia Shiroma disse...

Terminar um relacionamento quando temos certeza disso é a melhor sensação de liberdade que podemos ter. Ainda bem que não houve arrependimentos por parte dela. Bola pra frente.

Um beijo querida Jane!