terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pausa, ou melhor, despausa para falar de amor...

Platão, por Gabriel Chalita...

"Não há amor Eros quando apenas um ultrapassa a margem do rio. O banho não é solitário. E não é inteligente jogar água em quem não quer se molhar. A distância é longa, e por mais que um esteja enxaguado e se aproxime, a contragosto do outro, a água será incômodo, e não alívio. Sensação desagradável. Os pingos servirão para afastar ainda mais quem não quer. Porque quem quer há de entrar nas águas abundantes de uma cachoeira cristalina. Sem esconderijos. Aí sim. O milagre do encontro acontece, e os dizeres ganharão outro significado. Mas será recíproco. Nem que seja provisório. É o conhecimento da nova vida com suas saliências e reentrâncias, com seus sabores e estranhamentos. Mas vão os dois. Não um implorando ao outro.”



Li esse texto essa semana. Gostei muito e achei oportuno para o momento que estou vivendo. A metáfora que ele usa no texto é perfeita... As vezes o sujeito quer viver um amor e mergulha com vontade, mas esse mergulho não pode ser sozinho, se não for vontade de ambos, algo que era pra ser agradável se torna um desconforto.
Nesses casos é mais inteligente se afastar, silenciar até que o par esteja pronto e com desejo de se entregar e se aventurar, ou até encontrar outro par com os mesmos anseios.

2 comentários:

Fernanda disse...

O bom que eh que sempre existem outros lugares, outras pessoas, e sempre existe um amanha. Um abraco bem forte!

Bia disse...

Eu assino embaixo do que a Fer disse!

"O bom que eh que sempre existem outros lugares, outras pessoas, e sempre existe um amanha. Um abraco bem forte!" (2)

E graças a Deus que existem muitas outras pessoas nesse mundo!!

bjos